Se eu soubesse que o regresso
Era apenas sorte
E os caminhos apenas destino
Se eu tivesse parado
Antes de fazer minha tanta estrada
E de tantas copas sombra clara
Talvez alguém estivesse
Na pedra rasa, no cimo terno da encosta
Com uma flor, ou pétala, ou fonte
Ou apenas, um olhar.
Se eu soubesse que à resposta
Sucumbem desejos,
E que às esperas tardias
Nem sempre se chega,
Talvez rezasse,
Para que o tempo fizesse em mim
A sua casa de pedra, sal, terra e massa
Abrigo recolhido, de horizonte e espaço,
E sorteava no partir,
A minha parte de sorte,
A minha quota-parte, eterna e sincera,
Do regresso da morte.
2 comentários:
Lindo!!!
a fazer da morte a pedra angular da vida. e do poema. muito bonito!
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