Eu quero na cidade inteira
Um horizonte deserto
E o meu nome rasgado
Num pedaço de lama escura
Ou num círio por queimar.
Eu quero uma rua em silêncio
Um coro de finado
E os sinos em delírio
Chamando féretro à tortura
dos meus ossos por cremar.
Eu quero o edíficio da idade
Erigido sobre um monte
E o dilúvio desaguado
Afogando lentamente
A turba por irar.
Eu quero uma porta encoberta
Por um grão de areia-gente
Artifício e soro consagrado
Da virtude
Por velar.
3 comentários:
e então... o que é feito de ti?
:D
Pintinhas
belo poema...
Obrigado pela visita e pelo comentário. Um abraço!
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