11/11/06

Boneca de pedra

Olá, boneca de pedra
Sei que não me ouves,
Olhos marcados de infinito
Afastados de mim.


Menina de silêncio.

As almas são de cristal
Porque fazem as palavras durar mais tempo.
As minhas, vêm de dentro.
As tuas, são apenas vento que fica.

Boneca de gesso,
Crua e despida,
Que me tiras de um só trago
Tudo o que trago desta vida!
Espero que vejas, do silêncio da redoma,
Que as palavras também doem,
E as ausências também passam.

Por isso, de castigo, ficas aí, dentro do vidro,
Acompanhada do impúbere, casto e branquinho almofadado,
Menino Jesus nado.

2 comentários:

Anónimo disse...

;-)
Passei por aqui...
Um abraço.

Luana Veloso disse...

Lindo! clap clap clap! meu blog se chama "boneca de pedra " ...