29/08/05

À luz de uma nova madrugada...

Feteira, Ilha do Faial. 06:40h da manhã de 26 de Agosto. Sob o olhar atento da montanha, as lapas grelhadas estalavam no tabuleiro.
O pequeno -almoço estava servido!

Dia e noite têm andado misturados, confundindo-se as funções convencionadas de cada período. As predilecções claramente noctívagas que alimento, dão azo a estranhas combinações circunstanciais.

É um fim de mais um pequeno ciclo, que se encerra quase cruel com a necessidade de um regresso ao marasmo da vida urbana e urbanizante. No meio de tantas paredes, tantas gentes, ninguém tem coragem de ser nem de se dar, pois já ninguém sabe o que é receber. O temor impera, os olhares invadem, um toque ligeiro é uma imperdoável agressão. No fundo, tudo se resume à ausência prolongada de exposição a um beijo amigo e sincero, um abraço forte que conforte.

Por cá, temos conseguido recuperar alguns dos beijos e abraços quentes que só a amizade e a partilha sabem temperar. As paredes parecem-nos diferentes, os olhares bem-vindos.

Em jeito de despedida, encetámos uma mariscada madrugadora, à luz dos primeiros raios da manhã. A Ilha do Pico fez o resto, transportando-nos com a magia da sua imponência para uma realidade inesquecível.

Bom apetite!

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