Desespero da fome
crise vendida
fantasma da miséria
pulsar imaginado
de horizonte sombrio.
Mas
um trompete suave,
um traço de Monet
e distante, a ânsia
feita lema
das palavras de Eugénio
ferindo como beijo
"é na alma que a morte faz a casa"
porquê?
Sem corpo,
seio esmaltado
musa que sorri
não passa
de mal que nos consome,
tremida, etérea
- a rima avança.
Da aragem difusa
cena-en-mise fendida
veio recortado
e féria em que se lê:
há afinal caminho.
Poema, desejo.
Esperança.
18/03/13
13/03/13
11/03/13
10/03/13
No meio-fio do mundo
Dias e dias
de olhos mortos, a cair
no meio-fio do mundo
tão distante
sem milagre
salvação
luz redentora
ou sinal.
No semblante
de postos, uno
a fingir
nem oração
mezinha
mão benzedoura
ou ritual.
Só a espera,
estio
prumo.
E um céu
pejado de estrelas
ardente
nocturno
de cristal.
de olhos mortos, a cair
no meio-fio do mundo
tão distante
sem milagre
salvação
luz redentora
ou sinal.
No semblante
de postos, uno
a fingir
nem oração
mezinha
mão benzedoura
ou ritual.
Só a espera,
estio
prumo.
E um céu
pejado de estrelas
ardente
nocturno
de cristal.
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