06/02/13

ao sul o pó

Fecha os braços
não é já tempo
de colher as flores
aceita o embalar
da brisa já fria
e o prenúncio
de outros tempos
do porvir.

Recolhe as mãos
casulo só
de pele e ossos
triste caverna
onde o sol tocou um dia
sem demora.

Olhos baços
um pé de vento
no morrer das dores
afeita o enredar
da camisa sombria
colete-anúncio
de loucos desatentos
por ouvir.

Olhos sãos
ao sul o pó
quem vele os nossos
riste lanterna
onde o fole da poesia
já não mora.





1 comentário:

Notlim Santiago disse...

Quando vi na descrição a palavra "músico", logo me empolguei para ler...música e poesia redem o bem maior de minha, de nossa vida..que é a música..

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e parabens pelo blog

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