Penso na pele
e no estrondo
do rir de coutadas
perdidas no todo.
Penso nos ossos
cremando por dentro
as cinzas deitadas
nas margens
dos rios do lodo.
Penso nas veias
sereias de chão
chamando as linhas
serenas
das palmas da mão.
Penso nas fibras
em frentes de guerra
saliva dos dias
mascadas no fundo.
Espectros rotundos,
de caras vazias:
- são os corpos da terra
ausentes do mundo.
1 comentário:
Muito interessante esta forma de retratar aquilo que somos, queremos ser ou tentamos fingir que não somos- "corpos da terra."
Ana M.
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