14/09/09

Três dias verdes-oliva

Três dias verdes-oliva
rolaram do seio
ao entre-meio feito lago
de suor ou não,
tépido suco divinal de coração
regado na manhã esperta
o canal nutritivo
de infância cerrado.
Lá, banhando-se,
afogaram o passado.

Os soçobrantes seguiram caminho
saltando as impúberes negras
delícias simiescas
até perder-se da trupe a metade
ao cair da curta tarde:
aproximou-se largo passo
da mais recôndita zona
das noites principescas
femininas do destino.

Então, parando,
que, afinal,
tudo aquilo era saliva,
o amanhã seguiu sozinho.

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