Nevou.
E acorremos ao manto branco
Com a alegria dos petizes.
Nele deixámos as pegadas
Das infinitas conversas
E a saliva das bocas ansiadas.
O vento passava seco,
frio e suave
e embalava-te os cabelos
para então os pousar: - Aí, eu era a ave.
Depois, veio o degelo,
E escorremos lentamente
Por entre as pedras
do leito desaguado.
Diluíram-se os corpos,
os risos e as palavras.
E só as pegadas ficaram.
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