08/07/05

O absurdo congestionamento dos sentidos

Silêncios. Fechar os olhos e calar. Sentir à nossa volta a ausência, dar espaço ao aparecimento dos receios.
Música, ruídos, atenções dispersas. Uma imagem, um esboço de história, fragmentos revisitados.
Vamos fazendo das vivências um esquema interior, temendo os desígnios da solidão, os encantamentos da partida, o adiar de um confronto.
Precisamos de manter os sentidos mergulhados na imensidão das sugestões, nas fronteiras do racional, num “feed-back” estridente de factos e de pessoas, que nos aparta da profundidade dos conceitos.

A pouco e pouco, vamos temendo o confronto connosco, esquecendo que a nossa descoberta será sempre silenciosa, sorrateira e dolorosa. Mas infinitamente bela.

2 comentários:

Anónimo disse...

Gosto muito da tua escrita. Serei visita regular.

RD disse...

Olá Rafael :)
Descobri o teu blog pela Caiê e vinha-te deixar um beijinho, mas quando te comecei a ler... fiquei absorta. Não sabia que escrevias tão bem. És uma personagem muito versátil, sem dúvida alguma! :)
Sou a Rosa, do Faial, amiga da tua prima Ana. Encontrámo-nos na biblioteca. Luz? :)
Beijinhos.