As nossas partilhas são opções cujos percursos por vezes não compreendemos, e cujas consequências trazemos arrastadas na imensidão das noites.
Na cama, é onde tudo começa e acaba, onde partilhamos e nos partilhamos. Da cama fazemos ponto de chegada, na antecedência de novas lembranças, e de lá observamos na penumbra as formas indistintas dos corpos que partem.
Que a renovação seja completa, quando, um dia, nos decidirmos a abandonar o casulo dos lençóis, e nos entregarmos aos mistérios das substâncias puras. E que as novas alquimias descubram o ouro dos magos na transformação das palavras, pois que só elas encurtam as distâncias.
"Espero sentido, sentado,
Por ti, a meu lado, e nada acontece
Escuto, enquanto me tiras
O ar que respiras quando adormeces
E fico de novo guardado
No quarto pesado, princípio de fim
A cama,
É um imenso deserto
Onde estamos tão perto
E ficamos assim
"
RF.
2 comentários:
aham, passo por aí quando tiveres mais posts :) entretanto gostei.
haveras de dar um bom filósofo ;)
bjinhos!
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