10/12/11

A contradição

A chuva miúda não desarmava. Havia uma vontade de, juntos, seguir cada um seu caminho. Ficar era mistério. É quando o protesto se veste de silêncio, esgar ou riso, e cresce na sua timidez por desvelar. E o tempo, de convite indeciso e recusa evitada. Na chuva que cessa, apartam-se os rumos. Há o frio e o granizo castiga. A contradição é a mais delicada e subtil sofisticação da beleza.