06/02/08

Fim de tarde 2

Fim de tarde azul, sobre um manto de cidade cinzento Sol espraiado, inquieto, reflectido nas ameias do castelo vizinho...
Ah, pudesse eu sair, e sentir o frio triste
Desta tarde cinzenta, onde, sobre o céu azul
Há uma distância imensa a cair...
Pudesse eu vencer estas paredes, este cimento,
Estes vidros, frios e inquietos como a tarde,
E voar sobre a cidade, levando na boca palavras quentes de fim de Inverno...
Há um céu imenso, um Sol quente, e um castelo mais além,
paredes meias com as águas infinitas por onde, um dia, havemos de partir.

Mas eu quedo-me, e fico apenas a ver, ao longe,a luz quente do fim da tarde a reflectir...